sábado, 1 de maio de 2010

A labuta de Janet


São quatro horas da manhã. Na janela, as luzes do poste, ainda acesas, me lembram que o dia começou. Ô porcaria, o dia só devia começar de verdade quando o sol aparecesse, acho mesmo que Deus fez a madrugada para dormir. Mas, nem adianta a praguejar, tem gente que tá pior do que eu.

Meu tio trabalha a noite de vigia em um prédio - todo mundo sabe que vigia noturno de prédio dorme tanto quanto qualquer pessoa, só que sentado- depois leva duas horas para chegar em casa, dorme um pouco e ajuda meu primo com a máquina de xerox na garagem.

Nossa! Tô atrasada! o ônibus já vai passar lá no ponto. Empurra-empurra aqui e ali, o cobrador ainda tem a cara de pau de gritar:"Gente, dá um passinho pra trás que cabe todo mundo", claro que cabe né? Ele tem um lugar para ele garantido! Daí, tento mentalizar o azul, e pensar num campo de flores, mas não dá...tá um calor aqui, alguém ouvindo música alta, outro, ou outr,a cheirando à trabalho árduo, o motorista freando toda hora e a gente socando igual a boi em caminhão de gado.

Mas fazer o que, né? É assim todo dia...

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